Se a recapitalização tivesse acontecido, o Estado, "directamente", seria dono do BES – não existiria Novo Banco – e se a entidade fosse vendida por um valor inferior aos 4,9 mil milhões de euros de capital injectados pelo Fundo de Resolução a diferença "seria suportada pelos contribuintes".
"Na resolução, houve fundos públicos de 3,9 mil milhões de euros (…). Alguma eventual diferença será suportada por contribuições de bancos e instituições financeiras que contribuem para o Fundo de Resolução. É sobre elas que recairá um eventual encargo", vincou a governante.
Maria Luís Albuquerque falava na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES), onde está a ser hoje ouvida pela segunda vez desde o arranque dos trabalhos, sendo a sua audição a última prevista pelos parlamentares antes da discussão e elaboração do relatório final.
A comissão de inquérito teve a primeira audição a 17 de Novembro passado e fecha hoje com a presença no parlamento da ministra das Finanças.
Os trabalhos dos parlamentares têm por objectivo "apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades.
Lusa/SOL