As novas máquinas existentes nas assembleias de voto não estavam a conseguir confirmar a identidade de vários eleitores, o que não os permitia votar. Entre as regiões afectadas está Lagos, a maior cidade da Nigéria. Até o actual presidente, Goodluck Jonathan, esperou 40 minutos para poder votar.
Para além disso, foi noticiada a morte de pelo menos 15 pessoas, incluindo um político da oposição, nas mesas de voto. As autoridades nigerianas atribuíram a responsabilidade ao Boko Haram.
Pela primeira vez, os mais de 65 milhões de eleitores receberam um cartão com os seus dados – que incluem a fotografia e a impressão digital. Depois deste ser apresentado na mesa de voto, era necessário deixar uma impressão digital numa máquina, que, em muito casos, não estava a conseguir decifrar a identidade do cidadão. Só após estes requisitos estarem completos é que a pessoa poderia votar.
“Nas assembleias de voto em que a acreditação foi suspensa, foram tomadas medidas para garantir que os eleitores possam votar amanhã [domingo]", afirmou o porta-voz da Comissão de Eleições nigeriana, Chris Yimoga.
Dos 14 candidatos à presidência, apenas dois estão numa corrida renhida: O actual presidente cristão Goodluck Jonathan e o muçulmano Muhammadu Buhari. Caso este último vença, é a primeira vez desde 1999 – ano em que terminaram os golpes de Estado e as sucessivas juntas militares – que o Partido Popular Democrático (a que pertence o actual Presidente) perde as eleições. As últimas sondagens apontam para uma corrida muito renhida, com a possibilidade do candidato muçulmano vencer.
*com AP