A surpresa eleitoral chama-se ‘Juntos pelo Povo’

    

Surgiu como um Movimento de Cidadãos na freguesia de Gaula, concelho de Santa Cruz, assente em três princípios: Unidade, Transparência e Resistência. Surgiu em Abril de 2009 e foi formalmente reconhecido pelo Tribunal Constitucional (TC) como o 21.º partido português, a 27 de Janeiro de 2015.

O partido ‘Juntos Pelo Povo’ (JPP) estreia-se nas Eleições Regionais e define-se como um movimento de cidadãos, renovador e de consciência cívica, sendo difícil de qualificar se se situa à esquerda ou à direita. Há quem o coloque à esquerda do espectro político português.

“Orienta-se por uma matriz social, basista e plural, com o objectivo essencial de promover e valorizar a cidadania participativa”, revela o partido no seu site.

Fez uma campanha mobilizadora e alargou fronteiras. Primeiro conquistou a Câmara de Santa Cruz e depois partiu à conquista da Madeira e do país.

É liderado por Élvio Sousa, arqueólogo, de 41 anos, presidente da junta de freguesia de Gaula. Licenciado em História, Élviou Sousa é mestre em História Regional e Local pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É também investigador do Centro de História de Aquém e de Além-Mar da Universidade Nova de Lisboa.

Élvio Sousa tem vários trabalhos de investigação e de arqueologia publicados, tendo recebido o Prémio Europeu na área científica de Arqueologia atribuído pelo 'Council For Kentish Archaeology' no Reino Unido, e é o principal dinamizador do projecto do núcleo museológico do Ribeirinho, em Machico.

Nas últimas Autárquicas, em 2013, o JPP, então como movimento de cidadão, acabou por afastar o PSD da presidência da Câmara de Santa Cruz e de todas as Juntas do concelho.

Com o objectivo de estender o projecto político a toda a Região, o movimento tornou-se partido.

A dúvida é se o projecto vai continuar a crescer sustentadamente ou se será um novo PRD ou PSN?

Foto: Élvio Sousa durante a campanha (Tiago Petinga/Lusa)