É divorciado, tem cinco filhos. Gosta de caça desportiva. É um apaixonado pela música, sobretudo pelo jazz.
Toca piano em alguns eventos públicos. Toca para combater o ‘stress’, numa banda que se junta ocasionalmente em hotéis e bares intimistas funchalenses, conhecida por ‘Velhos Hotéis’. A paixão pela música vem desde os anos da faculdade de Direito, em Lisboa, onde chegou a tocar em bares.
É neto do tenente Francisco Ernesto Machado, um dos militares da Revolta da Madeira contra Salazar, a 4 de Abril de 1931. O pai, de origem açoriana, quase monárquica, da família Canto de Albuquerque. A mãe, filha do avô, Tenente Francisco Machado.
Produtor de rosas raras, está ligado a um roseiral na freguesia do Arco de São Jorge, concelho de Santana, no norte da Madeira, terra do seu avó, onde existe uma colecção com cerca de 17 mil roseiras de mais de 1.700 espécies (o quarto maior roseiral da Europa).
Foi campeão da Madeira aos 15 anos na modalidade de natação crawl.
Advogado de profissão, foi presidente da Câmara Municipal do Funchal (CMF) entre Setembro de 1994 e 21 de Outubro de 2013. E só saiu da Câmara por causa da lei de limitação de mandatos.
Embora tenha ascendido a presidente da Câmara sem ser eleito, porque Virgílio Pereira havia abdicado, venceu com maioria as eleições autárquicas seguintes, de 1998, 2001, 2005 e 2009.
É um quadro do PSD-M desde o tempo da JSD. Aliás, dedicou-se à política desde cedo, tendo sido líder da JSD-Madeira na década de 80. Na mesma altura em que Pedro Passos Coelho era também líder nacional da JSD. A amizade vem daí.
Poucos anos depois de, já em ruptura com Jardim, apoiou o Movimento de Apoio a Mário Soares Presidente (MASP) quando Jardim apoiou Freitas do Amaral nas Presidenciais de 1986.
Anos mais tarde, em Novembro de 2012, protagonizou uma disputa histórica na corrida à liderança do PSD-M: perdeu por poucos votos para Alberto João Jardim que nunca lhe perdoou a afronta.
A divergência com Jardim aconteceu também no apoio à candidatura do seu “amigo” Pedro Passos Coelho à liderança nacional do partido, contrariando a preferência de Jardim por Paulo Rangel.
Miguel Albuquerque nasceu no Funchal em Maio de 1961. Fez a escola primária no Colégio Lisbonense, no Funchal, e o secundário no Liceu Jaime Moniz. É licenciado em Direito e exerceu a advocacia entre 1986 e 1993, ‘esspecializando-se’ nas áreas do Direito Criminal e da Família.
Antes de assumir funções autárquicas, sucedendo na presidência da Câmara ao histórico Virgílio Pereira, foi deputado na Assembleia Legislativa da Madeira (ALM)
Entre 1994 e 2002, foi presidente da Associação dos Municípios da Madeira (AMRAM), vice-presidente do PSD-Madeira e presidente do conselho de jurisdição do PSD-M.
Foi também dirigente da Fundação Social Democrata (FSD), fundação que gere todo o património do PSD-M, incluindo as 54 sedes espalhadas pela ilha.
Enquanto Alberto João Jardim alimentou a novela dos “delfins”, Miguel Albuquerque também figurava nesse naipe de putativos sucesssores.
O delfinato acabou no Verão de 2012 quando Miguel Albuquerque, o “enfant terrible”, assumiu publicamente as suas diferenças com o líder histórico.
Arregaçou as mangas e foi o ‘primus inter pares’ a ousar disputar a liderança do partido, nas eleições directas de Novembro de 2012. Saiu derrotado por 142 votos mas não saiu chamuscada. Era uma questão de tempo.
Torna-se agora o primeiro militante do PSD-M a suceder a Alberto João Jardim em mais de 37 anos de poder político na Região.
Na 2.ª volta das eleições directas no PSD-Madeira, disputadas a 29 de Dezembro de 2014, foi eleito com 64% dos votos num universo de 6.232 votantes.
Ao derrotar Manuel António Correia, por quem Jardim nutria simpatia, Miguel Albuquerque conseguiu um resultado superior ao alcançado pelo histórico presidente do partido na Região, em 2012.
Miguel Albuqquerque é, ainda, membro da ‘Royal National Rose Society’, da ‘The World Federation of Rose Societies’ e da ‘American Rose Society’.
Aventurou-se na escrita e tem obras editadas como ‘Funchal, sobre a Cidade’ – Colectânea de artigos publicados na imprensa (1996); ‘Espelho Múltiplo – Política e Modernidade (1999); ‘Roseiras Antigas de Jardim (2006); e ‘Crónicas dum Lugar-Comum’ (2010).
É irmão do enólogo Francisco Albuquerque, premiado internacionalmente pela produção de vinho Madeira.