Hoje, cerca das 08:40 em Lisboa, os juros da dívida portuguesa a dez anos estavam a subir para 1,745%, contra 1,764% na segunda-feira. O actual mínimo de sempre é 1,560% e foi registado a 13 de Março.
Os juros a cinco anos também estavam a subir, para 0,987%, contra 0,993% na segunda-feira, enquanto o mínimo de sempre, de 0,823%, foi registado a 12 de Março.
No mesmo sentido, os juros a dois anos estavam a cair para 0,090%, um mínimo de sempre, contra 0,100% na segunda-feira.
A 09 de Março passado, o Banco Central Europeu (BCE) arrancou com um programa sem precedentes de compra de dívidas soberanas e privadas, que vai permitir injectar 60 mil milhões de euros por mês, até, pelo menos, Setembro de 2016, na economia da zona euro na esperança de a redinamizar.
Os efeitos do programa fizeram sentir-se por antecipação há várias semanas nas taxas de juro das dívidas soberanas, que evoluem em sentido inverso ao da procura e têm renovado mínimos diariamente. Algumas das taxas tornaram-se negativas nos prazos mais curtos, ou seja, os investidores estão dispostos a pagar para deter estes títulos considerados muito seguros.
A 17 de Maio de 2014, Portugal abandonou oficialmente o resgate sem qualquer programa cautelar.
O programa de ajustamento solicitado por Portugal à 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), no valor de 78 mil milhões de euros, esteve em vigor durante cerca de três anos.
Os juros da dívida soberana da Irlanda estavam a subir a cinco anos e a cair a dez anos, enquanto os de Itália e de Espanha estavam a cair em todos os prazos.
Em relação aos juros da Grécia, estes estavam a subir tanto a cinco como a dez anos para valores em torno dos 16,1% e de 11,2%, respectivamente.
Lusa/SOL