Os dados hoje divulgados indicam que, em 2002, existiam 28.733 camas de internamento nos hospitais públicos, número que baixou para 25.029 em 2013.
Pelo contrário, as camas nos hospitais privados cresceram de 8.429 para 10.474, no mesmo período.
Ou seja, em 2013, os hospitais oficiais tinham aproximadamente menos 3.700 camas de internamento do que em 2002 e os privados mais 2 mil camas.
Ao todo, as camas de internamento passaram de 37.162 em 2002 para 35.503 em 2013: menos 1.659 camas.
De acordo com o INE, em 2013 quase 90% das camas de internamento dos hospitais oficiais eram enfermarias, enquanto no caso dos hospitais privados, a percentagem de camas de internamento em enfermarias, apesar de maioritária, não atingia 60%.
Nos hospitais privados, os quartos semiprivados e privados representavam cerca de um terço das camas de internamento (3.512), 254 nos hospitais oficiais.
O mesmo documento indica ainda que, em 2013, "registaram-se cerca de 1,2 milhões de internamentos nos hospitais portugueses (80,4% dos quais em hospitais tutelados pelo Estado) e perto de 10,2 milhões de dias de internamento (73,2% dos quais em hospitais oficiais)".
"Nos hospitais oficiais, cerca de 95% dos internamentos de 2013 foram em enfermarias (com especial relevo nas especialidades de medicina interna, cirurgia geral e ginecologia-obstetrícia) e registou-se uma duração média de internamento de oito dias".
O período de internamento mais longo ocorreu em psiquiatria, com uma média de 25,3 dias por internamento.
Nos hospitais privados, a maior parte dos internamentos foi feita em quartos semiprivados ou privados (61%). Em média, os doentes ficaram internados 12 dias.
O INE refere ainda que, em 2012, existiam em Portugal 387 centros de saúde, dos quais 94 com Serviço de Urgência Básica (SUB) ou Serviço de Atendimento Permanente ou Prolongado (SAP) e 17 com internamento.
"O número de centros de saúde manteve-se relativamente estável entre 2002 e 2012, todavia com um decréscimo acentuado no número de centros de saúde com SUB ou SAP e com internamento. Em 2002, cerca de 70% dos centros de saúde dispunha de SUB ou SAP e perto de 20% tinha internamento, enquanto em 2012 as percentagens de centros de saúde com estas valências foram respectivamente de 24% e menos de 5%", lê-se na informação.
Lusa/SOL