Em causa estão as críticas do diplomata à decisão de Zeman em participar nas cerimónias de aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial em Moscovo, a capital da Rússia.
Na semana passada, Schapiro disse que seria “embaraçoso” se o líder checo fosse a Moscovo na qualidade de único chefe de Estado da União Europeia a visitar a Rússia numa altura em que vigoram sanções contra o regime de Putin, devido à intervenção na Ucrânia.
“Não consigo imaginar um embaixador checo em Washington a dizer aonde o Presidente dos EUA deve ou não ir”, reagiu Zeman. “Não deixarei que nenhum embaixador tenha qualquer palavra a dizer sobre as minhas viagens”, disse ao Parlamentni Listy.
Zeman, que é um crítico das sanções à Rússia, não é contudo o único responsável de um país europeu a marcar presença em Moscovo em Maio. A chanceler alemã Angela Merkel estará presente não na cerimónia de 9 de Maio mas um dia depois na capital russa, para depositar uma coroa de flores no túmulo do Soldado Desconhecido. O primeiro-ministro grego Alexis Tsipras deverá assistir à cerimónia de dia 9. Outros governantes europeus são aguardados.
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