"Queremos que o Instituto de Emprego [e Formação Profissional – IEFP] possa desenvolver, durante o primeiro semestre de 2015, um Plano de Formação para a Inclusão. Serão 625 ações de formação, envolvendo cerca de 13.000 pessoas adultas desempregadas, com baixos níveis de escolaridade e qualificação", disse Pedro Mota Soares, na comissão parlamentar de Segurança Social e Trabalho, onde está a ser ouvido.
Pedro Mota Soares sublinhou a este propósito que "pouco foi oferecido" aos beneficiários do RSI "além da própria prestação".
"Relembro que cerca de 60 mil beneficiários de RSI, com idade e capacidade para trabalhar, nem sequer estavam inscritos no IEFP, não fosse pesar nos dados do desemprego", afirmou, destacando que "só com este Governo" essas pessoas "foram apoiadas nesse sentido" e que este plano é uma "oportunidade de reingresso no mercado de trabalho".
O ministro do Emprego avançou ainda que até julho vão estar abertas as candidaturas à empregabilidade a tempo parcial.
Em outubro de 2014, o Governo anunciou que iria gastar 8,1 milhões de euros com o Programa de Incentivo à Empregabilidade Parcial de Pais, que prevê ainda que os desempregados de longa duração possam substituir os pais que optem por trabalhar a tempo parcial.
Durante a sua audição, a deputada socialista Idália Serrão referiu-se à "prosa muito escorreita" e ao "ar muito bonzinho" do ministro, mas acusou-o de não refletir a realidade dos portugueses e "de estar do lado errado da Segurança Social e do emprego".
Em resposta, Mota Soares falou do combate ao desemprego efetuado pelo Governo e devolveu as acusações, afirmando que quem definiu "que o salário mínimo durante o período de ajustamento não podia ser aumentado foi o Governo liderado por José Sócrates", assim como o "congelamento das pensões mínimas sociais".
Lusa/SOL