Sete medidas temporárias complicam o défice de 2016

Depois de anos de austeridade ao abrigo do programa da troika, há sete medidas de austeridade temporárias que foram tomadas ao longo dos anos e cuja continuidade em 2016 terá de ser estudada. Em conjunto, têm um impacto de quase dois mil milhões de euros no orçamento – mais de 1% do PIB.

Sete medidas temporárias complicam o défice de 2016

Sobretaxa de IRS

A colecta de 3,5% sobre o rendimento tem um impacto orçamental entre 700 e 750 milhões de euros.

Cortes salariais

O Estado gastou este ano 200 milhões de euros a devolver 20% dos cortes. A reversão completa implicaria um esforço adicional de 800 milhões de euros.

Taxa na banca

Com uma contribuição extraordinária dos bancos, o Estado arrecada 170 milhões de euros.

Contribuição na energia

As verbas arrecadadas junto das empresas energéticas valem 150 milhões de euros.

Actualização de pensões

A actualização automática das pensões em função da inflação está congelada desde 2010. O impacto da reversão dependeria da evolução dos preços durante o ano.

CES nas reformas mais altas

A contribuição sobre pensões acima de 4.611 euros vale 42 milhões no orçamento.

Trabalho extraordinário no Estado

Horas extra estão a ser pagas com valores mais baixos. Há um impacto não quantificado nas despesas com pessoal.

joao.madeira@sol.pt