"Já desistimos dessa ideia. Não se pode comprar uma empresa com tanto endividamento e que não podemos ser nós a sanear e a gerir. Não podemos investir e ficar de mãos e pés atados", afirmou o presidente do grupo espanhol, Juan José Hidalgo, em Miami, num encontro com jornalistas espanhóis.
Até 30 de Junho, o Governo quer vender 61% da companhia a um ou mais investidores e 5% a trabalhadores, mantendo 34% do grupo aéreo português na esfera do Estado.
Do caderno de encargos da venda constam algumas obrigações do futuro dono. Não pode fazer despedimentos colectivos nos 30 meses seguintes à alienação e tem de manter o hub e a sede da companhia em Portugal por pelo menos dez anos, por exemplo. E terão sido essas condições a contribuir para o desinteresse da Globalia.
No final de Janeiro, Juan José Hidalgo já tinha dado a entender que o seu interesse na TAP estava a esmorecer. "O seu valor está no hub e nas conexões de Lisboa e na rede de destinos no Brasil", mas, afirmava ao Expansion «a sua operação cada vez se complica mais".
Na corrida à TAP estarão ainda a GOL, a Azul e German Efromovich, dono da Avianca, que em 2012 já tinha tentado ficar com a companhia. Fundos de private equity e o empresário Pais do Amaral também já terão manifestado interesse em competir no processo.
