Sudão: Eleições gerais foram prolongadas até quinta-feira

As eleições gerais do Sudão foram hoje prolongadas até quinta-feira devido à baixa participação no escrutínio que se iniciou na segunda-feira e que deve reconduzir Omar al-Bashir na presidência do Estado. 

A comissão eleitoral decidiu-se por mais um dia de votação para "permitir aos eleitores escolherem os seus representantes nos parlamentos regionais, no parlamento nacional e na presidência da República", explicou o chefe do organismo, Mokhtar al-Assam, sem indicar dados sobre a participação. 

Nestas segundas eleições multipartidárias desde que o general Al-Bashir chegou ao poder em Junho de 1989 através de um golpe de Estado terão sido poucos os eleitores a dirigirem-se às urnas, tendo-se registado problemas administrativos e casos de violência.

No estado de Jazira (centro), 152 assembleias de voto não puderam abrir a tempo devido a "erros administrativos" na distribuição dos boletins e no estado de Kordofan do Sul, afectado por uma rebelião desde 2011, três assembleias de voto foram atacadas e depois encerradas, disse Assam.

Na ilha de Tuti, uma zona de Cartum na confluência do Nilo Azul e do Nilo Branco, "dos 8.158 eleitores inscritos, votaram 1.800", disse Moutassin Ahmed, o responsável pela única assembleia de voto, à agência France Presse.

Para Maryam al-Madhi, vice-presidente do Umma, o principal partido da oposição, o desinteresse manifestado por uma grande parte dos 13,3 milhões de eleitores "era esperado, pois (o escrutínio) não trará qualquer mudança".

Presidente há perto de 26 anos, Omar al-Bashir, de 71 anos, enfrenta 15 candidatos pouco conhecidos e a maioria dos partidos da oposição boicotam as eleições, como aconteceu em 2010. 

Os resultados definitivos das eleições são esperados no final de Abril. 

Lusa/SOL