O gás natural está parcialmente indexado à cotação do petróleo, que no ano passado registou uma queda abrupta. "A diminuição do preço do petróleo no último trimestre de 2014, seguida de um ligeiro crescimento no primeiro trimestre de 2015, situando-se actualmente abaixo dos 60 USD/bbl, têm reflexo no actual custo de aquisição do gás natural", justifica a ERSE.
A entidade reguladora propõe que, para consumos acima de 10.000 m3 (pequena indústria), haja uma redução de 11,3% nas tarifas até 2016. Para os consumidores de média pressão (indústria), que têm consumos normalmente superiores a um milhão de m3, é indicada uma diminuição de 12%.
Este desagravamento vai ser feito em duas fases. Haverá já uma descida nos preços a partir de 1 de Maio: 3,9% para os consumidores domésticos e pequeno comércio, 6,5% para a pequena industria e 9,4% para os grandes industriais. A 1 de Julho haverá uma segunda descida das tarifas (3,5%, 5% e 2,8%, respectivamente).
As tarifas transitórias vão ser aplicadas entre 1 de Maio e 30 de junho de 2016. Destinam-se aos cerca de 510 mil consumidores que ainda estão no mercado regulado, uma vez que os restantes 840 mil clientes já se encontram no mercado liberalizado com preços determinados em mercado.
Esta variação tarifária acumulada vai repercutir-se numa descida de cerca de 1 euro por mês numa factura média de cerca de 13 euros, o que corresponde a um casal sem filhos. Um casal com filhos pode poupar cerca de dois euros por mês (factura média de cerca de 25 euros).