Um concurso com regras específicas e duas categorias de prémios diferentes, que, para João Martins, professor de engenharia naquele estabelecimento, é uma forma de aliciar para uma profissão que "está em agonia".
"A engenheira tem tido, nos últimos anos, uma conotação negativa e, devido à crise do país e ao decréscimo da construção, tem sido uma área que tem sofrido muito [no que concerne à] empregabilidade", explicou.
O objectivo é, essencialmente, promover o interesse pela engenharia, propondo um desafio que é a construção de uma ponte em esparguete, "ao mesmo tempo que se dá a conhecer a UMA aos alunos da região, porque este é concurso aberto não só aos alunos do ensino superior mas também aos das escolas básicas e secundárias regionais", explicitou.
João Martins reconhece que se assiste "a um decréscimo muito grande no interesse dos alunos pela engenharia e isso faz com que a curto/médio prazo" se possa "ter um problema de falta de quadros".
Com 90 participantes distribuídos entre duas categorias – os do ensino superior e os da escola básica e secundária -, os alunos deitaram mãos à obra e construíram 29 pontes.
Esparguete de um lado, cola quente de outro, havia modelos para praticamente todos os gostos. Umas [pontes] aparentemente mais frágeis, outras em que as reminiscências com pontes conhecidas eram por demais evidentes.
Construir pontes em esparguete e depois vê-las partir em pequenos pedacinhos foi o que aconteceu a muitos.
O teste de resistência obriga a colocar a ponte entre duas mesas, ir depositando cargas até que se veja a estrutura partir. Nessa altura, a medição da carga é feita.
Aquela que tiver a melhor relação entre a carga que suportou e o seu próprio peso sai vencedora.
Quanto às pontes consideradas "mais bonitas", há também um concurso próprio que engloba os itens de 'design' e da qualidade de construção.
Lusa/SOL