Segundo a justiça turca, Ferhat Yildiz empunhou uma arma de fogo a menos de três metros de Erdogan, então primeiro-ministro, numa cerimónia de inauguração que decorria no bairro de Sultanbeyli, na margem europeia de Istambul.
Mas, por uma razão desconhecida, a arma não disparou quando ele apertou o gatilho e acabou por ser rapidamente dominado pelos seguranças do chefe do Governo.
Ao tribunal, o acusado explicou o seu ato como "um gesto de protesto", afirmando que não tinha qualquer intenção de matar Erdogan.
"Aproximei-me dele quando ele e a sua comitiva passaram à minha frente. Não era possível atingir o primeiro-ministro do sítio onde eu estava. Lamento sinceramente o que fiz, apesar de não ter sido mais que um gesto de protesto", argumentou.
O procurador do Ministério Público pediu uma pena de 26 anos de prisão, acabando esta por ficar reduzida a 11 anos e oito meses por ter sido uma tentativa falhada.
Os críticos de Erdogan, líder do país desde 2003, acusam-no de megalomania e de mania das grandezas. Em marco, o seu médico revelou que ele ordenava que toda a sua comida fosse provada antes de lhe ser servida, por recear ser assassinado.
Lusa/SOL