Ban Ki-moon manifestou-se “chocado e profundamente entristecido” com a tragédia, a mais recente de uma série de outras ocorridas na última semana, envolvendo a morte de centenas de imigrantes e refugiados, refere em comunicado o seu porta-voz.
Para o secretário-geral das Nações Unidas, estas tragédias figuram como “urgentes lembretes da necessidade fundamental de se ter uma forte capacidade de busca e de resgate no Mediterrâneo”, pelo que instou a UE e os seus governos a “acelerar os seus atuais esforços no sentido de responder de forma global à situação daqueles que procuram refúgio nas suas fronteiras”.
“Com números recorde de pessoas que fogem da guerra e da perseguição, há mais gente a tentar chegar à Europa por barco e estão a perder-se mais vidas”, realçou.
Segundo dados da ONU, a confirmar-se a morte dos imigrantes desaparecidos no naufrágio de sábado, desde o início do ano terão morrido em águas do Mediterrâneo cerca de 1.600 pessoas, as quais se somam às mais de 3.500 que perderam a vida em 2014.
“Isto faz do Mediterrâneo a rota mais mortífera das utilizadas pelos requerentes de asilo e imigrantes”, salientou o secretário-geral da ONU.
Ban Ki-moon, que colocou em evidência o impacto do fluxo massivo de imigrantes está a ter em Itália, sublinhou que a resposta deve ser “colectiva” e apelou à comunidade internacional para que demonstre a sua “solidariedade” partilhando o fardo em face da actual crise, refere a mesma nota.
A resposta não deve, porém, limitar-se a melhorar as tarefas de resgate, devendo também garantir o direito ao asilo ao número cada vez mais maior de pessoas que precisam de um lugar seguro, defendeu.
A União Europeia anunciou que vai organizar uma reunião de urgência com os ministros do Interior e dos Negócios Estrangeiros para debater a situação, estando igualmente em consideração a realização de uma cimeira europeia extraordinária.
Lusa/SOL