"Em Julho contamos abrir candidaturas para os cursos EFA e arrancar com as candidaturas à formação modular para empregados e desempregados", afirmou o governante na abertura de um seminário da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), em Lisboa, subordinado ao tema "Qualificações e Formação para o sector do Comércio e Serviços".
Os cursos surgiram em Portugal em 2000 com o objectivo de elevar os níveis de habilitação escolar e profissional da população portuguesa adulta e promover a reinserção ou progressão no mercado de trabalho e, desde 2005, integram a iniciativa Novas Oportunidades.
O ministro falou na melhoria dos indicadores económicos do país e da redução do défice das contas públicas, mas admitiu que Portugal continua a ter uma fractura social, que é o desemprego.
"Conseguimos já ter hoje em vigor a medida Reactivar, estágios de seis meses dentro das empresas, que facultam grande qualificação e possibilitam um regresso ao desempenho de funções", lembrou Mota Soares, salientando que o financiamento desta medida pode ir até 80% da remuneração dos estágios profissionais nas pequenas e médias empresas (PME).
O presidente da direcção da CCP, João Vieira Lopes, referiu ainda um estudo, apresentado hoje no seminário, que identifica as áreas em que Portugal deve estrategicamente apostar em termos de qualificação dos seus recursos humanos.
"O grande objectivo é mostrar que, sendo os serviços essenciais para a recuperação económica do país, são o sector que recupera mais emprego e desempregados, razão por que nesta área a qualificação das pessoas é essencial", afirmou Vieira Lopes, à margem do encontro.
O presidente da CCP defendeu que o grande investimento no sector dos serviços deve ser feito nas pessoas, na sua formação profissional, pois esse é o capital das empresas de serviços.
"Portugal tem grande potencial na área de saúde e de bem-estar, nomeadamente atraindo e fixando estrangeiros, especialmente na idade da reforma", adiantou, explicando que esta foi uma das conclusões do estudo.