A movimentação do porta-aviões USS Roosevelt não implica necessariamente uma intervenção directa, como a intercepção ou inspecção dos navios iranianos, que são nove, segundo responsáveis norte-americanos citados pela agência France Presse.
Segundo a Marinha dos Estados Unidos, um total de nove navios norte-americanos estão na região "para garantir que as vias marítimas cruciais se mantêm abertas e seguras".
A Arábia Saudita, líder da coligação árabe sunita que há um mês combate as milícias, mobilizou por seu lado hoje forças militares adicionais para as operações contra os rebeldes, apoiados pelo Irão.
As forças mobilizadas pertencem à chamada Guarda Nacional saudita, uma força paralela ao exército, que não depende do Ministério da Defesa e é considerada a guarda pretoriana da dinastia dos Al-Saud.
Com cerca de 100.000 homens, a Guarda Nacional, composta essencialmente por forças terrestres, realiza operações tanto de segurança interna como de defesa convencional.
A coligação militar liderada pela Arábia Saudita, constituída por dez países árabes sunitas, lançou a 26 de Março uma ofensiva aérea contra as milícias xiitas 'huthis' do Iémen, que em Fevereiro tomaram a capital, Sanaa, e em Março chegaram à segunda cidade, Áden, onde se tinha refugiado o presidente, Abd Rabbo Mansur Hadi, atualmente exilado na Arábia Saudita.
Os ataques da coligação fizeram hoje cerca de 50 mortos em Dhaleh e Shabwa, no sul. Na capital, duas grandes explosões provocadas por ataques contra um depósito de armas e munições fizeram 38 mortos e mais de 500 feridos civis.
Um balanço divulgado hoje pela Organização Mundial de Saúde (OMS), relativo ao período entre 19 de Março e 17 de Abril, indica que o conflito já fez 944 mortos e 3.487 feridos, tanto civis como militares.
A organização alertou por outro lado para um colapso iminente do sistema de saúde iemenita, confrontado com a falta cada vez mais significativa de medicamentos e de electricidade.
Lusa/SOL