De acordo com números do coordenador do Programa Nacional de Controlo da Malária, Filomeno Fortes, divulgados hoje em Luanda, o país apresenta um registo anual de três milhões de casos clínicos, numa população que ronda os 24,3 milhões, e 6.000 óbitos.
Em 2013 foram registadas 6.916 mortes entre os 2.592.742 casos de malária confirmados em Angola, afectando sobretudo crianças e mulheres.
"Apesar de todos os esforços do executivo e de todos os avanços conseguidos", referiu Filomeno Fortes, a malária "continua a ser o maior flagelo" do país, com a aposta de prevenção a recair sobre a distribuição e utilização de redes mosquiteiras, para evitar a transmissão, pela picada do mosquito, prevenindo também a transmissão do dengue.
Apesar destes números, o Ministério da Saúde angolano, que considera a malária um caso de "saúde pública", estabeleceu este ano o objectivo de avançar com uma redução de 20 por cento na mortalidade pela doença no país.
Para 2015, o Programa Nacional de Controlo da Malária tem como objectivo a cobertura de diagnósticos com testes rápidos, de redes mosquiteiras, melhorar o sistema de informação, pesquisa e vigilância epidemiológica.
Em Angola, a malária, doença endémica que continua a ser a principal causa de internamentos e de mortes no país, é hiperendémica nas províncias de Cabinda, Uíge, Malange, Lundas Norte e Sul e Cuanza Norte.
Lusa/SOL