O protesto juntou pessoas de vários pontos do país, em deslocação para Pombal, onde vão fazer uma homenagem simbólica a um homem que terá falecido em consequência do estado emocional provocado por ter ficado sem o dinheiro aplicado.
A acção em Aveiro, em que se ouviram buzinadelas e palavras de protesto e foram arremessados ovos contra os vidros do banco, foi "espontânea", segundo Inês Castro, porta-voz dos manifestantes.
"É mais uma acção de protesto que vai continuar em Pombal com uma homenagem simbólica a um dos lesados que faleceu esta semana e foi lesado na agência de Pombal. Morreu devido a uma grande depressão que teve relacionada com este assunto e é preciso mostrar que isto também mata pessoas", disse.
Segundo Inês Castro, apesar de alguns sinais positivos, "as pessoas que estão revoltadas porque a solução tarda em acontecer".
"Estamos confiantes que, em resultado da comissão parlamentar de inquérito e com o parecer da CMVM, os reguladores se vão sentar e encontrar uma solução, mas já estamos há muitos meses à espera e ela não aparece. O nosso protesto vai-se manter até que essa solução aconteça", explicou.
O mesmo garante Carlos Peixoto, de Braga, que investiu "as poupanças de uma vida" e não se conforma enquanto não for ressarcido: "nós não vamos parar, mesmo que o banco seja vendido".
Carlos Peixoto considera que o que se passa "é um roubo" e responsabiliza o governador do Banco de Portugal, por protelar a restituição do dinheiro a quem o aplicou no BES.
"Carlos Costa sentiu-se ofendido, mas (…) prometeu que ia acautelar a situação das pessoas e havia provisão para pagar o dinheiro depositado. Na minha terra tanto é ladrão o que rouba coo o que consente e ele sabia desde 2013 que o BES e a Rioforte estavam de tanga", acusou.
O grupo de manifestantes saiu depois de Aveiro, prosseguindo viagem até Pombal.
Lusa/SOL