"Temos 127 registos de 'hostels', 47 em Lisboa, 22 em Faro e 18 no Porto", disse o governante em declarações à Lusa, explicando que alguns desses estabelecimentos já estavam em actividade mas actualizaram o registo de acordo com as regras do novo regime do alojamento local, em vigor desde Novembro.
Questionado se este será o número total de 'hostels' em actividade no país, ou se existirão ainda mais ilegais e sem registo, Adolfo Mesquita responde: "Vale a pena esperar por um ano de vigência da lei para fazer uma avaliação se ela cobre ou não os números clandestinos de que se fala".
No que respeita aos 'hostels', o regime de alojamento local foi alterado na quinta-feira, introduzindo novas exigências como janelas nos quartos, mais camas em dormitório do que em quartos e chuveiros em espaços autónomos separados por portas com fecho interior nas instalações sanitárias comuns a vários quartos e usados por ambos os sexos.
O secretário de Estado considera estes requisitos apenas "condições mínimas", que permitem diferenciar os 'hostels' dos hotéis, e defende que a opção do Governo foi a de dar "total liberdade" aos proprietários para definirem a estrutura, área e serviços que querem oferecer no seu 'hostel'.
"Uma lei minimalista não significa que os 'hostels' não vão ter qualidade, mas que são os turistas que definem a qualidade que querem, e não a lei, permitindo assim o surgimento de produtos inovadores e criativos", defendeu Adolfo Mesquita Nunes.
Sobre as queixas dos hoteleiros acerca de uma alegada concorrência desleal dos 'hostels', o secretário de Estado alerta: "Ninguém impede um hoteleiro de abrir um 'hostel', se considera que este negócio é bom e lhe faz concorrência. O que não podemos é ter o Estado a dizer aos turistas que não queremos que tenham liberdade para escolher onde se querem alojar".
Lusa/SOL