"Depois de a Rússia usar a força na Ucrânia, e antes disso na Geórgia e na Moldova, e do aumento da actividade militar russa no ar, dos exercícios, achámos por bem aumentar a nossa presença e Portugal tem sido uma parte importante disso", disse Stoltenberg, numa conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete.
Portugal vai enviar "navios, um navio de comando e quatro caças F-16 para o leste da Europa", assim como "tropas no terreno na Lituânia", disse.
Stoltenberg sublinhou que esse reforço decorre da "principal responsabilidade da NATO", que é a de "proteger e defender os aliados de qualquer ameaça".
"Precisamos de uma capacidade dissuasora credível (…) para que ninguém pense que é possível atacar um aliado sem uma resposta de todos os aliados. Um ataque a um aliado é um ataque aos 28", afirmou.
Rui Machete negou, por seu lado, em resposta a um jornalista, que esteja previsto o envio de tropas portuguesas para a Roménia: "Não. Como o senhor secretário-geral referiu, há actividades de policiamento aéreo feitas por F-16 (portugueses) na Roménia".
A NATO aprovou na Cimeira de Cardiff, realizada em Setembro de 2014 no Reino Unido, a criação de uma força de intervenção rápida comandada a partir de uma "presença permanente" no leste europeu.
A Polónia, a Roménia e os três países bálticos — Estónia, Letónia e Lituânia – manifestaram-se dispostos a acolher essa força, integrada por forças terrestres, navais e aéreas e forças especiais.
Jens Stoltenberg realizou hoje uma visita a Lisboa, a primeira desde que assumiu a liderança da Aliança Atlântica, em Outubro de 2014.
Lusa/SOL