Trabalhadores da saúde vão entregar pré-aviso de greve

A Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas vai entregar na terça-feira um pré-aviso de greve nacional de 24 horas dos trabalhadores da saúde para o dia 15 de Maio.

Segundo o dirigente sindical Luís Pesca, esta foi uma das decisões já tomadas pelos trabalhadores que estão desde as 15h00 concentrados na entrada do Ministério da Saúde, em Lisboa.

Entre as exigências que motivam a marcação da greve está a reposição das 35 horas de trabalho semanal e a criação de carreira de técnico auxiliar de saúde.

Cerca de três dezenas de trabalhadores da saúde ocuparam pelas 15h00 a entrada do Ministério da Saúde, em Lisboa, para exigir a marcação de reunião com o ministro Paulo Macedo.

Luís Pesca, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, disse à agência Lusa que foi enviada no dia 17 deste mês uma carta ao ministro a exigir a marcação de uma reunião, tendo Paulo Macedo remetido para a secretaria de Estado, que até hoje não deu qualquer resposta.

Os trabalhadores pretendem manter-se na entrada do Ministério da Saúde até que haja uma reposta por parte do ministro.

"Está na hora de o Governo ir embora" e "Basta, basta, basta, a saúde está à rasca" são frases gritadas pelos trabalhadores, que exibem também cartazes a exigir a demissão do Governo e que aludem à defesa do Serviço Nacional de Saúde.

"Macedo, escuta, a saúde está em luta" e "35 horas já" foram outras das palavras de ordem mais usadas pelos trabalhadores em protesto.

Com o objectivo de insistir no pedido de reunião, os sindicalistas entregaram hoje no Ministério uma nova carta em que pedem a Paulo Macedo uma reunião "com carácter de urgência".

Questionado sobre se a marcação de uma reunião será motivo para retirar a greve prevista para 15 de Maio, o sindicalista Luís Pesca disse que isso só ocorrerá se o Ministério "cumprir todas as exigências".

Além da reposição das 35 horas semanais e da criação da carreira de técnico auxiliar de saúde, as reivindicações dos trabalhadores passam pela criação do suplemento de risco, penosidade e insalubridade e pela valorização das carreiras de técnico de diagnóstico e terapêutica e técnico superior de saúde.

O Sindicato pretende ainda discutir com Paulo Macedo o processo de municipalização da saúde.

Lusa/SOL