O contingente, que o comandante da Autoridade Nacional de Protecção Civil garante estar «maximizado» e ao «nível dos melhores do mundo», prevê para o combate aos incêndios florestais deste Verão um total de 2.234 equipas.
Só o distrito de Viana do Castelo dispõe de mais três equipas de intervenção permanente. O DECIF tem ainda preparados 2.050 veículos, 9.721 operacionais e 49 meios aéreos na fase Charlie – que se estende de 1 de Julho a 30 de Setembro e abrange aquela que é considerada a fase mais crítica em termos de incêndios. O que significa que em termos de meios físicos, o dispositivo é idêntico ao de 2014.
Estão ainda a postos para qualquer eventualidade 104 máquinas de rasto, "instrumentos fundamentais em determinados tipos de incêndios", e os bombeiros vão ter ao dispor autocarros para rendição de grupo, anunciou José Moura.
Quanto à organização, o combate é sempre coordenado localmente. Daí segue para o comando distrital e, sempre que se justifica, continua até ao comando nacional da ANPC.
O ano passado ficou para a história dos incêndios florestais pelo total da área ardida – 19.867 hectares, o segundo valor mais baixo dos últimos 35 anos – e pelo número de ocorrências: registaram-se 7.186, o valor mais baixo dos últimos 25 anos. Em termos combinados, sublinha José Serra, foi o "melhor ano de sempre".
Objectivo: diminuir os reacendimentos
Em 2015, a formação dos profissionais que intervêm no combate aos incêndios florestais foi uma das grandes apostas da ANPC. Para se ter uma ideia, realizaram-se 259 acções de treino operacional programado que envolveram 5.293 operacionais.
Um dos grandes objectivos das autoridades, numa luta contra um inimigo que «apenas ataca, sempre e não espera», como sublinha José Serra, é a redução do número de reacendimentos.
A ANPC investiu ainda na informação permanente aos cidadãos, sobretudo em termos de sensibilização – e esta é outra das áreas em que houve uma maior aposta este ano. O dirigente da Protecção Civil sublinha que é fundamental que a a população esteja atenta aos avisos de ‘estado de alerta’ feitos pelos serviços.