Assunção Cristas foi convidada para uma visita destinada a assinalar o lançamento do mais recente produto da marca Paladin, o qual disse – depois de confessar não ser grande adepta de ketchup — ter apreciado por ter "um sabor muito nosso".
"De facto, podemos sentir o sabor do nosso tomate, desta zona Ribatejo", disse, elogiando a Mendes Gonçalves por ter "agarrado com as duas mãos e de forma muito convicta uma estratégia de internacionalização, de inovação e de diversificação dos seus produtos e de construção de uma marca forte, a Paladin".
A ministra referiu em particular a disseminação da marca "por esse mundo fora", aludindo às embalagens "em muitas línguas" e destinadas a "muitas geografias" (mais de 23 países) que observou durante a visita.
"Temos excelentes produtos, de grande qualidade, que têm que ver com a nossa terra, com o nosso clima, mas precisamos de retirar desses produtos o maior valor possível e isto faz-se com muito trabalho, com investigação, com inovação, com o querer diversificar o que já temos", declarou, realçando o trabalho realizado pela agro-indústria "em forte proximidade com os produtores e também com o sistema científico nacional", como universidades e politécnicos.
Carlos Mendes Gonçalves, administrador da empresa, explicou o novo produto da marca Paladin com a vontade de dar ao ketchup um novo sabor à portuguesa.
"Não temos que estar a importar ketchup com outros sabores de outras culturas, temos o nosso gosto, o nosso sabor, e foi isso que pretendemos fazer com a Paladin", disse, sublinhando que todos os produtos da marca são previamente testados no mercado e aprovados pelos consumidores.
Como exemplos desta estratégia, referiu o recentemente lançado vinagre de tomate do Ribatejo, que resultou de uma parceria de investigação com um produtor da região, um molho de cebola caramelizada, um molho para douradinhos, e, para breve, vinagres de pera rocha e de maçã de Alcobaça.
"Procuramos ir buscar a excelência do que se faz em Portugal, na agricultura, e transformar no que produzimos, vinagres, ketchup, maionese, molhos para saladas", acrescentou.
Para Carlos Gonçalves, a aceitação da marca está patente no crescimento em mais de 250% desde que foi lançada, uma aceitação verificada também na internacionalização (o produto é vendido no estrangeiro com a mesma imagem, introduzindo alguns produtos adaptados ao mercado em concreto), que representa 25% do negócio com meta de crescimento até 30% até ao final do ano.
Este mês a unidade em Angola, um investimento de 3,5 milhões de dólares realizado com um parceiro que é distribuidor naquele país, vai começar a produzir vinagre, disse.
A empresa dedica 5% da sua facturação à investigação e desenvolvimento, sector onde emprega 11 pessoas e que, frisou, "tem suportado todo o desenvolvimento da empresa".
Lusa/SOL