À performance dos Kina Kumoxi, marcada para a entrada do pavilhão, segue-se a actuação do grupo de ballet tradicional Kilandukilo, já no interior do espaço, no Palco Angola.
A abertura oficial das portas do pavilhão nacional na grande exposição que se realiza este ano em Itália vai contar com a presença dos ministros da Agricultura, Pedro Canga, e da Cultura, Rosa Cruz e Silva, além da comissária-geral de Angola, Albina Assis, da secretária de Estado das Relações Exteriores, Ângela Bragança, e do embaixador em Roma, Florêncio de Almeida.
Após estes dois momentos de dança tradicional, os convidados da delegação angolana vão assistir ao lançamento do livro oficial do Pavilhão de Angola na Expo Milano 2015, sessão já marcada para o espaço do Restaurante Laboratório, localizado no 3.º piso, seguido de um cocktail de degustação.
Passado este momento, a animação música/dança volta a animar o espaço, com os Kina Kumoxi a regressarem para mais meia hora de actuação.
O primeiro dia da presença de Angola na Expo Milão encerra com a performance de Gelson Castro e Muxima Uami.
Arranque geral de manhã
Mas o dia em Milão vai começar bem mais cedo, com uma cerimónia geral ao estilo ‘jogos olímpicos’, orçada em 20 milhões de euros (cerca de 2,2 mil milhões de kwanzas), que antecede a abertura oficial da exposição internacional. Esse momento conta com o desfile de um grupo de pessoas a entoarem o hino nacional italiano e a desfraldar a bandeira tricolor. Segue-se um novo desfile, desta vez com vários grupos de pessoas a empunhar as bandeiras dos países participantes na exposição mundial, que irão cruzar diversas ruas de Milão partindo de dez pontos diferentes da cidade. Pessoas e bandeiras vão convergir para um único local: O ‘Open Air Theatre’ (Teatro ao Ar Livre).
A última cerimónia de arranque será mais simples, sendo presidida pelo primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, e na qual participarão, entre outros, o Presidente do Congo-Brazaville, Denis Sassou Nguesso, e o ministro angolano da Agricultura, Pedro Canga.
Segue-se uma visita das principais individualidades presentes ao pavilhão do país anfitrião e um almoço oficial.
A Expo Milão 2015 está subordinada ao tema ‘Alimentar o Planeta, Energia para a Vida’, motivo que levou o Ministério italiano dos Negócios Estrangeiros a convidar o ministro Pedro Canga para representar Angola na inauguração.
No seguimento deste tema, Angola optou por levar a Milão um subtema – ‘Alimentação e Cultura: Educar para Inovar’.
Para os responsáveis angolanos, “ensinar a nutrição ao cidadão desde criança é um imperativo e garante de saúde pública”. O espaço reservado por Angola na Exposição Universal de Milão ocupa uma área de 2.000 metros, repartidos por três pisos edificados em madeira e com uma localização privilegiada junto à entrada principal da feira, cuja organização espera que seja visitada por cerca de 20 milhões de pessoas até ao encerramento, agendado para 31 de Outubro, seis meses depois da abertura.
O espaço nacional, que integra áreas expositivas sobre “a alimentação tradicional e zonas interactivas para ensinar a conhecer e combinar alimentos típicos e a inovar sobre a nutrição dos angolanos” apresenta ainda, como “estandarte”, uma escultura de um embondeiro que cruza os três pisos do pavilhão.
Dia de Angola em Setembro
O dia de Angola na Expo Milão vai acontecer a 17 de Setembro, por ocasião do Dia do Herói Nacional e Fundador da Nação, Agostinho Neto.
Durante os 180 dias do certame vão realizar-se exposições (todos os meses haverá uma nova mostra de artes plásticas), espectáculos de música, dança e desfiles de moda. O espaço de Angola vai celebrar ainda um conjunto de datas consideradas importantes, designadamente o Dia de África, a 25 de Maio; o Dia Mundial da criança, a 1 de Junho; e o Dia da Mulher Africana, a 31 de Julho.
De acordo com a representação de Angola, o pavilhão vai acolher três a quatro espectáculos diários, superando os 396 shows apresentados em 2012 na última exposição mundial, na Coreia.
O pavilhão de Angola tem ainda a particularidade de estar ‘ao lado’ do pavilhão do Brasil, coincidência que, para o director do espaço nacional, Ditutala Simão, pode trazer animação quanto baste àquela zona.
“Vamos ser vizinhos do Brasil. Não sei bem como vai ser isso entre o semba e o samba”, disse em tom de brincadeira, ainda em Luanda, durante um encontro com jornalistas.
