Paulo Rodrigues, que trabalha também como piloto da TAP, "decidiu revogar o contrato [de consultor] que o vinculava legitimamente" ao sindicato, "com efeitos imediatos e com a concordância da direcção", indica o SPAC no comunicado.
Por outro lado, o mesmo responsável "juntou-se a esta luta na qualidade de piloto, continuando a exercer graciosamente as funções que lhe têm sido até aqui cometidas, em benefício dos pilotos", acrescenta a estrutura sindical.
A contratação de Paulo Rodrigues como consultor do SPAC, em diversas ocasiões, tem sido um motivo de divisão entre os pilotos do grupo TAP (TAP e PGA), que têm neste momento uma greve em vigor, entre os dias 01 e 10 de maio.
De acordo com uma peça transmitida pela RTP no dia 01 de maio, no programa "Sexta às Nove", Paulo Rodrigues esteve por trás de todas as grandes negociações do SPAC, tendo cobrado mais de um milhão de euros pelos serviços ao sindicato, dos quais cerca de 170 mil associados à preparação da actual paralisação.
No comunicado hoje divulgado, a direcção do sindicato faz um apelo à união dos pilotos da TAP, afirmando que "devem afastar todos os preconceitos que os podem separar e dar as mãos, em nome do futuro colectivo".
O sindicato acusa ainda o Governo e a TAP de pretenderem "destruir a única força capaz de se lhes opor com eficácia", o SPAC, acrescentando que "os acordos de empresa da TAP e da PGA estão em causa como nunca estiveram".
A TAP tinha realizado até às 12:30 de hoje ligeiramente mais de 70% dos voos programados, num total de 148 realizados, contra 62 cancelados, no quarto dia de greve dos pilotos, disse à Lusa uma fonte da transportadora aérea portuguesa.
Lusa/SOL