Reino Unido: Resultados confirmam maioria conservadora

O Partido Conservador britânico garantiu 331 lugares nas eleições legislativas de quinta-feira, assegurando a maioria absoluta no parlamento, muito distanciado do Partido Trabalhista, que sofreu uma pesada derrota na Escócia em benefício dos nacionalistas.  

Em número de votos, os conservadores obtiveram apenas 0,8% face ao anterior escrutínio de maio de 2010, garantindo 36,9% dos votos expressos ou 11,33 milhões de votos, mas mais 25 deputados, permitindo-lhe ultrapassar a barreira dos 326 deputados, a maioria absoluta na Câmara dos Comuns.  

O Partido Nacionalista Escocês (SNP) foi o outro grande vencedor do escrutínio, ao vencer nas 56 das 59 circunscrições da Escócia. No entanto, a nível nacional apenas representa 4,7% dos votos.  

O Partido Trabalhista obteve por sua vez 232 lugares (30,4%), menos 26 que no anterior parlamento, em particular devido à sua derrota na Escócia, tradicionalmente um dos seus bastiões históricos.  

O Partido Liberal Democrata, que governou em coligação com os conservadores nos últimos cinco anos, sofreu uma verdadeira "razia" passando de 56 para oito deputados com 7,9% dos votos, um recuo de 15,1% face a 2010. 

Apesar de ter obtido 13% dos votos, o equivalente a cerca de quatro milhões de votantes, mais 9,5% face a 2010 e a maior subida nas eleições de quinta-feira o populista e eurocéptico Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), apenas conseguiu um lugar de deputado em Westminster, devido ao sistema eleitoral uninominal maioritário a uma volta. 

Os Verdes elegeram também um deputado, Caroline Lucas, reeleita em Brighton (sul de Inglaterra). 

No País de Gales, os nacionalistas gauleses do Plaid Cymru conservam os três lugares em Westminster. 

Na Irlanda do Norte, os unionistas do DUP (direita) garantiram oito lugares (1,2%), duas vezes mais que o nacionalista Sinn Féin, que continua a recusar comparecer no parlamento de Londres. 

A taxa de participação nas legislativas britânicas atingiu os 66,1%, ligeiramente superior aos 65,1% registados em 2010.

Lusa/SOL