A reunião acontecerá à margem do encontro dos ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo), que arranca cerca das 15h00 em Bruxelas (14h00 em Lisboa), e do qual tudo indica que não sairá qualquer acordo que permita o desbloqueamento de dinheiro de que Atenas necessita para fazer face aos seus problemas de liquidez.
Fontes europeias afirmaram que, se a discussão correr bem, o melhor que poderá sair deste encontro será uma declaração positiva sobre o andamento das negociações.
Desde Fevereiro que o chamado Grupo de Bruxelas — que junta a Grécia e as instituições que formavam a 'troika' (Comissão, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) — estão em discussões sobre reformas a serem adoptadas pela Grécia que permitam ultrapassar o impasse e transferir para os cofres gregos a última tranche do actual programa de resgate, cuja parcela ascende a 7,2 mil milhões de euros.
No entanto, para isso acontecer ainda são precisos muitos avanços, sobretudo nas pensões, no mercado laboral e nas privatizações, matérias em que as partes ainda divergem nas negociações técnicas. O acordo final poderá ainda levar semanas.
Além da tranche do resgate, para Atenas também é importante alguma flexibilização por parte do Banco Central Europeu (BCE), através do aumento do teto da linha de emergência em que os bancos gregos se financiam e a não colocação de mais exigências aos colaterais apresentados pelos bancos gregos para irem buscar dinheiro ao banco central.
A Grécia gostaria ainda que o BCE permitisse a subida dos limites à emissão de dívida pública de curto prazo pelo tesouro.
Na reunião do Eurogrupo de hoje à tarde Portugal estará representado pela ministra Maria Luís Albuquerque.
Lusa/SOL