Esta percentagem de alunos que abandona os estudos desce para 23,6% entre os que entraram na universidade com média de 11 valores e situa-se nos 6% entre os que se candidataram com média de 15.
“Se os números às vezes falam, aqui os números gritam”, disse à Lusa João Batista, subdiretor-geral da DGEES, durante a apresentação dos dados no seminário sobre ‘Sucesso Académico’.
A DGEES encontrou ainda grandes diferenças entre quem chega ao superior através do regime geral de acesso e os que entraram através do regime especial (como são os casos dos candidatos com mais de 23 anos, os titulares de outros cursos superiores ou transferência de cursos).
Enquanto no regime geral de acesso, a taxa de desistência é de 7,8%, nos regimes especiais dispara para quase 30%, uma situação que leva João Batista a defender que as estratégias de combate ao abandono devem ser diferentes consoante o tipo de aluno em causa.
Segundo o responsável da DGEES, "as decisões sobre abandono são feitas logo nos primeiros meses do ano" e por isso é preciso garantir que alguns processos, como os de atribuição de bolsas, não se prolongam no tempo.
A DGEES analisou o impacto da atribuição de bolsas e percebeu que a taxa de abandono entre quem pediu e recebeu aquele apoio social foi menor (4%) do que entre quem fez o requerimento mas não teve direito (9%).
Entre os alunos a quem foi recusada a bolsa e os que nem sequer se candidataram, as taxas de abandono “não foram muito diferentes”, situando-se ambas nos 9%.
SOL/ Lusa