De acordo com a investigação em curso há cerca de um ano e nove meses, a suspeita, numa primeira fase, fez-se passar por empresária do ramo imobiliário com lojas sob a sua exploração, contactou com vários fornecedores de artigos que se propunha vender e, após a entrega dos mesmos, cedia-lhes documentos comprovativos de pagamento, por transferência bancária, cujo valor nunca era creditado nas contas de destino.
Numa segunda fase, arrendou diversos apartamentos para habitação, devidamente mobilados, negócios estes que eram acompanhados de documentos falsos e de transferências fictícias. Mais recentemente, veio a adquirir duas viaturas novas, que ‘pagou’ da mesma forma astuciosa.
No decorrer do cumprimento de mandados de busca domiciliária foram apreendidas as viaturas e variado mobiliário. O prejuízo decorrente da prática destas burlas perfaz um valor total de € 129 254,44 euros.
A detida, já com antecedentes criminais, foi presente, ontem, na Instância Central, 1.ª Secção de Instrução Criminal do Tribunal da Comarca de Lisboa para 1.º interrogatório judicial, tendo-lhe sido decretada a medida de coacção mais gravosa – prisão preventiva.