Carris: Circularam 151 dos 491 autocarros programados até às 06h30

A Carris, em Lisboa, cujos trabalhadores estão hoje em greve, teve a circular entre as 22h00 de quarta-feira e as 06h30, 151 dos 491 autocarros programados, o que representa 31% da oferta, disse à Lusa a porta-voz da empresa.

"A [transportadora de passageiros] Carris garantiu até às 06h30 de hoje 31% da oferta, estando os serviços mínimos decretados pelo tribunal arbitral a ser integralmente cumpridos", disse à agência Lusa Isa Lopes, adiantando que dos 491 dos veículos programados para o serviço público circularam 151 viaturas.

Esta fonte adiantou que os serviços dos ascensores e o elevador de Santa Justa foram cumpridos a 100% em relação ao que estava programado.

Manuel Leal, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), adiantou, por seu turno, que a adesão à greve de 24 horas dos trabalhadores da Carris contra a subconcessão da transportadora era de 80% às 07h30.

"A greve está a decorrer com uma grande firmeza da parte dos trabalhadores. Estamos com uma adesão superior a 80%. Temos a perspectiva de que este número aumentará durante o dia", disse à agência Lusa aquele dirigente da FECTRANS.

Os trabalhadores da Carris concentraram-se na Estação de Santo Amaro, em Alcântara, Lisboa, de onde iniciaram uma marcha de protesto até à Assembleia da República.

"Estamos indignados. O conselho de administração da Carris está a impedir os trabalhadores que não trabalham aqui em Santo Amaro de entrar nas instalações, tendo reforçado o aparato de segurança", contou Manuel Leal.

De acordo com Manuel Leal, a greve pretende lutar "contra o processo de privatização da Carris, que constituirá a tentativa da constituição de mais uma parceria público-privada, penalizando quer trabalhadores quer utentes, destruindo o serviço público que esta empresa presta hoje à população".

A Comissão de Trabalhadores (CT) da Carris e algumas das estruturas sindicais marcaram também um debate no cinema São Jorge, às 10h00, para analisar o caderno de encargos e o impacto da subconcessão para a empresa e os trabalhadores, com a participação de investigadores.

Lusa/SOL