Em declarações esta quarta-feira ao Wall Street Journal e ao jornal francês Les Echos, o responsável das finanças alemãs recusou repetir a declaração que fez em 2012, quando disse que a Grécia não entraria em incumprimento.
“Teria de pensar muito bem antes de repetir isso nas actuais circunstâncias”, disse aos jornalistas.
“A decisão soberana e democrática do povo grego deixou-nos numa situação muito diferente”, afirmou, fazendo referência à vitória do Syriza de Alexis Tsipras nas eleições legislativas helénicas de Janeiro.
Nesta entrevista conjunta, contra o WSJ, Schäuble voltou ainda a mostrar-se inflexível em relação às negociações em curso para o desbloqueamento da última tranche do resgate grego. Sem este acordo, recorde-se, o programa de assistência expira em seis semanas, deixando Atenas sem outra opção que não entrar em incumprimento perante os compromissos assumidos com os credores internacionais, devido a um apertado calendário de reembolsos.