A marcha foi a forma de protesto escolhida contra a liquidação/privatização da TAP, da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário e da CP-Carga, contra a subconcessão/privatização do Metropolitano de Lisboa, Carris, Transtejo, Soflusa, STCP [Sociedade de Transportes Coletivos do Porto] e Metro do Porto, contra a entrega a privados dos serviços lucrativos da CP e a destruição da Refer [gestora da estrutura ferroviária] na fusão com as Estradas de Portugal, dizem as entidades organizadoras.
"Ainda podemos ganhar esta batalha", afirmou à Lusa o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, deixando ainda um aviso: "O governo que não pense que depois desta manifestação as coisas vão acalmar. Os trabalhadores dos transportes não vão parar de lutar para defender as empresas que são de todos".
Durante a marcha, os manifestantes gritavam palavras de ordem como "Está na hora, está na hora, de o governo ir embora" ou "privatização é roubo à população".
O protesto foi organizado pelo Movimento de Utentes dos Serviços Públicos, FECTRANS – Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações, CGTP-IN, outras organizações sindicais, comissões de trabalhadores e outras comissões de utentes.
O coordenador da FECTRANS, José Manuel Oliveira, defendeu que as privatizações implicam um serviço público de pior qualidade, menor oferta às populações, serviço mais caro e um incremento do transporte individual, que tem custos ambientais e energéticos para o país.
José Manuel Oliveira defendeu ainda que o transporte público deve ser assumido como uma ferramenta importante para o país, que não deve ser privatizado, e lembrou que todas as empresas em processo de privatização reduziram o número de trabalhadores.
Lusa/SOL