A Europa "pode fornecer mais ajuda", declarou Ban Ki-moon, numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny, em que pediu o reforço das operações de socorro no Mediterrâneo.
"Pedi aos dirigentes europeus uma solução para este problema mais completa e coletiva", acrescentou, sublinhando que quaisquer medidas devem também atacar "as raízes" do problema nos países de origem.
"Primeiro, devemos fazer mais para salvar vidas", repetiu o secretário-geral da ONU.
Na semana passada, a UE aprovou o lançamento de uma operação militar naval (EU NAVFOR MED) para combater os traficantes que organizam as viagens dos migrantes dos dois lados do Mediterrâneo.
Esta missão, que vai destacar navios de guerra e aviões de vigilância europeus ao largo da Líbia, requer o acordo prévio das Nações Unidas.
A Comissão Europeia anunciou um plano de ação para a imigração, que prevê quotas obrigatórias para garantir uma distribuição justa dos refugiados e, em caso de crise, uma transferência dos requerentes de asilo entre Estados-membros da UE.
Alguns países, como o Reino Unido, França e Espanha, recusaram este plano.
De acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), mais de 34.500 migrantes chegaram a Itália desde o início do ano e cerca de 1.770 morreram ou desapareceram no mar, ou seja, mais de metade dos 3.300 mortos registados em 2014.
Lusa/SOL