Em causa está uma investigação levada a cabo pelas autoridades da Suíça contra "pessoas desconhecidas por suspeita de má gestão criminosa e branqueamento de capitais" e que volta a questionar a integridade da votação que atribuiu os Mundiais à Rússia em 2018 e ao Qatar em 2020, afectada por rumores desde o início.
Em comunicado, o Ministério Público suíço explicou que foram apreendidos “dados electrónicos e documentos” na sede da instituição. E adiantou que vai interrogar dez membros do comité executivo da FIFA que votaram a atribuição destes campeonatos do Mundo em Dezembro de 2010.
A FIFA, entretanto, anunciou que as eleições para a escolha de um novo presidente se mantêm, com Sepp Blatter a candidatar-se para um quinto mandato. O nome de Blatter não foi mencionado em qualquer destas investigações.
A possibilidade de ser revista a atribuição dos Mundiais em causa nesta investigação foi rejeitada pelo organismo máximo do futebol mundial.
Quanto aos seis responsáveis detidos pelas autoridades suíças, está pendente a sua extradição para os EUA. Este caso, separado da investigação suíça aos Mundiais de 2018 e 2020, envolve subornos num valor total de “mais de 100 milhões de dólares” (cerca de 100 milhões de euros) relacionado com acordos comerciais em torneios nos Estados Unidos e América Latina nos anos 90, avançou o Gabinete Federal de Justiça suíço.
Os procuradores helvéticos disseram que o processo dos Estados Unidos é diferente do seu, mas que as autoridades de ambos os países estão a trabalhar juntas.
Dezenas de responsáveis encontram-se neste momento na Suíça para o congresso da FIFA, que elegerá ainda o novo presidente.