Segundo um comunicado da instituição, “o BESI não realizou nenhuma emissão de obrigações da Espírito Santo International (ESI)” e “nunca intermediou, colocou ou prestou qualquer garantia” sobre papel comercial da ESI ou de outras entidades do GES.
O banco acrescenta ainda que nunca fez qualquer análise à situação económica e financeira dos emitentes dos programas. Assim, “o BESI não foi objecto de acusação por parte do Banco de Portugal”.
O jornal escreveu que teria sido o Banco de Portugal a envolver o banco no papel comercial, tendo deduzido acusações contra o banco. O advogado Ricciardi, Pedro Reis, também contestou a notícia. “A acusação do Banco de Portugal circunscreve-se a uma eventual negligência na implementação de um sistema de controlo que permitisse garantir internamente a observância das boas práticas de gestão, e não visa qualquer outra irregularidade ou ilicitude”, explica, em comunicado.
Segundo o advogado, a acusação ao BESI “diferencia-se de forma radical das que incidem sobre aqueles gestores indiciados por práticas dolosas, e será objecto de contestação de forma a fazer prevalecer o rigor e a justiça”
Pedro Reis acrescenta que “não há sistema de controlo capaz de resistir a actos de natureza criminal praticados ao mais alto nível da gestão, que escaparam à supervisão do Banco de Portugal e cujo apuramento só foi possível quantificar através de sucessivas auditorias para o efeito realizadas".