"Solicitamos com caráter de urgência uma intervenção no sentido de impor à administração o cumprimento da lei, para que esta Comissão de Trabalhadores possa continuar a intervir no sentido de garantir a continuidade da empresa e a manutenção dos postos de trabalho", lê-se na carta enviada na quinta-feira à Autoridade para as Condições do Trabalho.
No documento a que a Lusa teve acesso, a organização representativa dos trabalhadores acusa a administração, liderada por Fernando Pinto, de violar as obrigações para com a comissão de trabalhadores, considerando que a matéria em causa "é de vital importância para os trabalhadores".
"Não é de todo compreensível e aceitável como é que uma vez mais os responsáveis da TAP não tenham notificado esta comissão para um acompanhamento e participação ativa na elaboração de um plano de tamanha importância", acrescenta.
O plano que a TAP entregou na segunda-feira ao Governo para aliviar a pressão financeira prevê uma reprogramação da operação, com a supressão de rotas nomeadamente as lançadas há menos de um ano, de acordo com a edição de hoje do jornal Público.
Em declarações aos jornalistas, em Madrid, Pires de Lima disse desconhecer o documento, ressalvando que "o centro das políticas de sustentabilidade que este Conselho de Administração está a propor, até ao momento em que a empresa seja privatizada de facto, não tem como ponto principal os despedimentos".
Lusa/SOL