A agência estatal malaia Bernama cita uma sobrevivente, Nur Khaidha Abdul Shukur, a dizer que jovens mulheres eram levadas todas as noites a partir dos acampamentos na selva.
Nur Khaidha Abdul Shukur foi detida perto de Padang Besar, na Tailândia, tendo passado por esses campos de tráfico humano no final do ano passado, segundo as informações divulgadas na noite de segunda-feira pela agência de notícias.
"Elas eram sujeitas a violações coletivas. Duas jovens ficaram grávidas", disse.
A descoberta, no mês passado, de campos de tráfico humano — e dezenas de valas — primeiro na Tailândia e depois ao longo da fronteira na Malásia — desencadeou uma onda de choque e revolta no sudeste asiático.
Sete campos foram descobertos na Tailândia no início de maio e 33 corpos encontrados em valas comuns. No final do mês, a polícia malaia anunciou ter encontrado 28 campos do seu lado da fronteira e 139 valas, estando os restos mortais a ser ainda exumados.
Os muçulmanos rohingya são um minoria apátrida considerada pelas Nações Unidas como uma das mais perseguidas do planeta.
Lusa/SOL