Através dessa fraude foi atribuída a nacionalidade portuguesa a centenas de cidadãos indianos, com a consequente emissão de passaportes, cartões de cidadão, cartas de condução e outra documentação portuguesa a cidadãos que não são oriundos das ex-colónias.
Os inspectores do SEF apreenderam documentação relacionada com a fraude, bem como abundante material informático, telemóveis, correspondência, uma viatura, cartões de crédito e cerca de vinte mil euros, e ainda significativa quantidade de ouro e jóias. Entre a documentação aprendida há prova de que muitos dos que adquiriram a nacionalidade portuguesa têm identidades diferentes daquelas com as quais se apresentaram fraudulentamente a solicitar a nacionalidade portuguesa.
A investigação começou há um ano e meio na sequência de troca de informação com as autoridades dos EUA, Canadá e Reino Unido, países para os quais se dirigiam os que fraudulentamente obtinham a nacionalidade portuguesa.
Além dos três detidos, foram ainda constituídos arguidos cinco dos suspeitos. As buscas domiciliárias, em estabelecimentos e veículos realizaram-se nos concelhos de Lisboa e Vila Franca de Xira.
No decurso da investigação houve troca de informação com a Europol, assim como com os EUA e Canadá através dos oficiais de ligação.