As embarcações foram encontradas à deriva, a cerca de 45 milhas (cerca de 83 quilómetros) da costa líbia, depois de terem pedido ajuda através de um telefone satélite, disse a guarda costeira.
Os migrantes estavam distribuídos por nove embarcações de madeira aparentemente convertidos em pesqueiros e seis grandes botes de borracha.
Na operação de resgate estiveram envolvidos navios italianos, alemães e irlandeses, numa iniciativa conjunta com a organização Médicos Sem Fronteiras.
De acordo com a guarda costeira italiana, foram resgatados 3.480 migrantes e não houve relatos de vítimas. Um navio da Marinha italiana transportou para a Sicília 475 migrantes, entre eles sete mulheres grávidas.
O número de migrantes que tentam alcançar a costa italiana em embarcações, organizados por traficantes de seres humanos, aumentou cerca de 10% nos primeiros cinco meses de 2015, o que sugere que o número de 170 mil migrantes a chegar a Itália no ano passado será ultrapassado.
Acredita-se que quase 1.800 migrantes terão morrido afogados ao tentarem fazer o percurso, desde o início do ano, incluindo cerca de 800 num único naufrágio, que foi considerado o maior desastre marítimo no Mediterrâneo desde a II Guerra Mundial.
Essa tragédia levou os governos europeus a aumentar significativamente as operações de busca e salvamento entre Itália e o norte de África, apesar de não terem chegado a acordo quanto a uma estratégia a mais longo prazo para terminar com a crise migratória.
Segundo várias organizações humanitárias, esta crise migratória é resultado de vários conflitos, que causaram mais deslocados em todo o mundo do que em qualquer outro momento a seguir à II Guerra Mundial.
Lusa/SOL