Em reunião de câmara, PS, CDU e o movimento independente Ser Cascais votaram contra ao projeto, devido a "muitas dúvidas" sobre o processo de expropriação do terreno onde será instalado o equipamento.
"O PS continua sem conhecer a expropriação e, por isso, votou contra", explicou a vereadora socialista Teresa Gago.
Também a vereadora independente Isabel Magalhães disse ter "as maiores dúvidas jurídicas" quanto ao procedimento.
O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, explicou que a instalação da universidade para o concelho é "um ponto muito importante na estratégia de desenvolvimento" local.
Sobre as questões levantadas pela oposição quanto à expropriação do terreno, localizado junto ao Forte de São Julião da Barra, o autarca esclareceu que já está na posse da autarquia, na sequência de uma decisão judicial de 02 de abril.
"A propriedade do terreno é da Câmara Municipal de Cascais. Não há é nenhuma decisão do tribunal quanto ao valor da transferência desse terreno para Cascais. A propriedade é nossa, mas há o valor de quem expropria e de quem é expropriado e o que está em vista é apurar o valor final", disse Carlos Carreiras.
O terreno em causa está situado num espaço contíguo ao comando da NATO, em Oeiras, junto à praia de Carcavelos.
O futuro campus universitário da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa terá capacidade para cinco mil alunos e insere-se na estratégia do executivo para "atrair conhecimento, competência e atividade ao município, de forma a torná-lo mais atrativo".
Cascais conta já com dois polos universitários, a Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril e a Escola Superior de Saúde de Alcoitão.
Lusa/SOL