Em declarações aos jornalistas no final de uma reunião no Ministério da Saúde, Paulo Campos lembrou que não há qualquer pré-aviso de greve em vigor que suporte o protesto dos trabalhadores e sublinhou que a população não deve ficar alarmada porque o socorro não está em causa.
Durante a manhã, a Federação Nacional do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais anunciou que vai emitir hoje um pré-aviso de greve nacional para dar suporte aos trabalhadores do INEM que pretendam não cumprir o trabalho extraordinário.
Luis Pesca, dirigente da federação, explicou aos jornalistas que o pré-aviso de greve só produz efeito a partir das 00:00 da próxima terça-feira.
O presidente do INEM, no final da reunião com a tutela, anunciou que até setembro vai haver um reforço de técnicos de emergência médica com a contratação de 85 profissionais.
Os técnicos de ambulância de emergência estão desde o início do mês a recusar fazer horas extraordinárias, queixando-se de falta de pagamento de subsídios e de horas extra e de mais cortes no salário.
Depois de os trabalhadores terem promovido esta noite uma vigília em Lisboa, a comissão de trabalhadores veio dizer ao início da manhã que 11 das ambulâncias existentes em Lisboa do serviço do INEM estavam paradas devido à recusa dos técnicos em fazer turnos extra, mas o organismo insistiu que, nessa altura, só um destes veículos estava inoperacional.
O INEM garantiu então que o serviço de emergência estava a ser assegurado na capital lisboeta, acrescentando que havia outras 75 ambulâncias, dos bombeiros da Grande Lisboa, disponíveis para ajudar nos serviços de urgência.
O instituto também já disse que participará ao Ministério Público contra quem contribuir para colocar em risco o socorro urgente a pessoas.
Lusa/SOL
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