O caso remonta a 03 de abril de 2003, quando o agente da polícia de Houston Charles Clark e a comerciante Alfredia Jones foram assassinados, durante um assalto, em que, segundo a sua condenação, Brown participou com dois cúmplices, Dashan Glaspie e Elijah Joubert.
Brown, um afro-americano que agora tem 33 anos, argumentou sempre que no momento do crime estava com a sua noiva, facto que esta corroborou inicialmente, mas de que se retratou posteriormente, em declarações aos jurados.
Em outubro de 2005, foi condenado à morte pelos assassínios, a mesma pena que foi atribuída a Joubert, enquanto Glaspie recebeu uma pena de 30 anos de prisão por roubo agravado.
O caso sofreu uma alteração em novembro de 2014, quando o Tribunal de Apelo Criminal do Texas aceitou uma petição dos seus advogados para revogar a condenação e repetir o julgamento.
A defesa alegou que os polícias esconderam uma prova que demonstra a inocência de Brown, em concreto um registo de uma chamada telefónica que o situa na casa da namorada no momento do crime.
Na segunda-feira, a procuradora do condado de Harris, Devon Anderson, anunciou que retirava as acusações e renunciava a repetir o julgamento, pelo que se espera que o preso seja colocado em liberdade nas próximas horas.
Brown é já 0 154.º preso — e o quarto em 2015 — a ser exonerado de acusações depois de passar pelo corredor da morte, segundo informações coligidas pelo Centro de Informação do Observatório da Pena de Morte (DPIC, na sigla em Inglês).
Lusa/SOL