Questionado sobre se o fracasso das negociações entre Atenas e os credores internacionais significaria o fracasso da Europa, Tsipras respondeu: "Penso que é evidente. Isso seria o início do fim da zona euro".
Para o primeiro-ministro grego, "se a Grécia falir, os mercados vão imediatamente procurar outro" elo mais fraco da zona euro, disse, numa alusão a Espanha ou a Itália.
"Se os dirigentes europeus não conseguem resolver um problema como o da Grécia, que representa 2% da sua economia, qual será a reação dos mercados para os países que enfrentam problemas maiores, como a Espanha ou Itália?", questionou.
Não obstante, considerou que o acordo poderá ser alcançado em breve: "Penso que estamos muito próximos de um acordo (…), só falta adotar uma atitude positiva em relação às nossas propostas alternativas aos cortes nas pensões ou à imposição de medidas que provoquem a recessão", afirmou Tsipras.
As discussões entre a Grécia e os seus credores regressaram na segunda-feira, a pequenos passos, apesar da urgência, com o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a apelar para que as partes sejam "flexíveis".
A Grécia, que deveria fazer quatro reembolsos entre 05 e 19 de junho, pediu o seu agrupamento numa única prestação, a pagar no final do mês, como tem direito.
Os gregos, que negoceiam a concessão de um empréstimo de 7,2 mil milhões de euros, com o Fundo Monetário Internacional, a União Europeia e o Banco Central Europeu, condicional à realização de reformas difíceis, têm assim mais algum tempo para as negociações, antes de ficarem com os cofres vazios.
Lusa/SOL