Há três semanas, o Ministério Público português anunciou a decisão de arrestar bens ligados ao universo Espírito Santo de forma a impedir uma “eventual dissipação" de património que pudesse pôr em causa futuras compensações por crimes.
Uma vez que o Ministério Público não pormenorizou que bens tinham sido arrestados, gerou-se alguma confusão sobre os impactos da decisão judicial na venda da Comporta pela Rioforte. Esta empresa do Grupo Espírito Santo entrou em insolvência no Luxemburgo e tinha à venda as participações relacionadas com a herdade alentejana.
Agora, comissão de liquidação no Luxemburgo emitiu um comunicado onde anunciam a suspensão do processo, “na sequência da apreensão de diversos activos” da Rioforte e empresas relacionadas.
O anúncio refere que houve contactos entre as autoridades de Luxemburgo e as portuguesas, nomeadamente o DCIAP, “a fim de implementar as medidas de cooperação”. À luz dos procedimentos em curso, acrescenta o documento, “não nos resta outra opção a não ser suspender o processo de venda”.