Hoje, cerca das 08h45 em Lisboa, os juros da dívida portuguesa a dez anos estavam a subir para 3,080%, um máximo desde 20 de novembro de 2014, contra 2,975% na quarta-feira. O atual mínimo de sempre é de 1,560% e foi registado a 13 de março passado.
Os juros a cinco anos também estavam a subir, para 1,760%, um máximo desde 14 de novembro de 2014, contra 1,696% na quarta-feira e o mínimo de sempre, de 0,749%, a 10 de abril passado.
Em sentido contrário, os juros a dois anos estavam a cair, para 0,131%, contra 0,148% na quarta-feira e o mínimo de sempre, de 0,013%, a 13 de abril passado.
Depois de ter iniciado a 09 de março passado um programa inédito de compra de dívidas soberanas e privadas, que vai permitir a injeção de 60 mil milhões de euros por mês, até, pelo menos, setembro de 2016, na economia da zona euro, na esperança de a redinamizar, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro inalteradas em mínimos na última reunião de política monetária de 3 de junho.
Os efeitos do programa fizeram sentir-se, por antecipação, nas taxas de juro das dívidas soberanas, que evoluem em sentido inverso ao da procura e têm renovado mínimos diariamente. Algumas das taxas tornaram-se negativas nos prazos mais curtos, ou seja, os investidores estão dispostos a pagar para deter estes títulos por os considerarem muito seguros.
A 17 de maio de 2014, Portugal abandonou oficialmente o resgate sem qualquer programa cautelar.
O programa de ajustamento pedido por Portugal à 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), no valor de 78 mil milhões de euros, esteve em vigor durante cerca de três anos.
Hoje, os juros da dívida soberana da Irlanda estavam a cair a dois anos e a subir a cinco e dez anos, enquanto os de Itália e de Espanha estavam a subir em todos os prazos.
Em relação aos juros da Grécia, estes estavam a subir a cinco e a dez anos para valores em torno dos 26,36% e 11,64%, respetivamente.
Lusa/SOL