O antigo político, estrela da esquerda francesa e dado como favorito para as eleições presidenciais de 2012, permaneceu impassível durante a leitura da sentença, no tribunal correcional de Lille (norte).
Neste caso, tornado público em 2011, Dominique Strauss-Kahn era acusado de participar em encontros sexuais com prostitutas, organizadas em Lille, na Bélgica e em Washington, onde fica a sede do FMI.
Atualmente com 66 anos, Strauss-Kahn nunca negou ter participado nestas orgias, mas afirmou desconhecer que algumas parceiras eram profissionais.
No final das audiências, que duraram três semanas em fevereiro, o procurador pediu a libertação por falta de provas.
Ao todo, 14 pessoas foram acusadas neste caso, conhecido como "Carlton", como o hotel de luxo onde trabalhavam alguns dos acusados.
Depois de ter libertado sete protagonistas, incluindo um proprietário de bordéis na Bélgica, e condenado a um ano de prisão com pena suspensa um antigo responsável do hotel Carlton de Lille, o tribunal considerou que Strauss-Kahn não era o organizador das orgias com prostitutas.
No direito francês, instigar ou facilitar o recurso a prostitutas é considerado proxenetismo, incorrendo o acusado numa pena de até dez anos de prisão. Em contrapartida, ser apenas cliente não é considerado crime.
Esta absolvição acontece depois de várias acusações de crimes sexuais.
No final de 2008, uma antiga funcionária do FMI Piroska Nagy acusou Strauss-Kahn de assédio continuado. Depois de se desculpar publicamente, o responsável francês mantém o cargo de diretor-geral do FMI.
Ao mesmo tempo, em França, a jornalista Tristane Banon acusou Strauss-Kahn de tentativa de violação, que teria acontecido em 2003.
Mas o fim da carreira de Strauss-Kahn ocorreu em maio de 2011, quando foi detido em Nova Iorque depois de ter sido acusado de violação por uma empregada de limpeza do hotel Sofitel. O caso terminou com um acordo financeiro confidencial.
Lusa / SOL