Cepticismo em Estrasburgo

Foi com reservas que Marisa Matias e Paulo Rangel reagiram às metas ambientais anunciadas no final da cimeira do G7. “Ou mudam as políticas ou não cumprem as metas”, disse a representante do BE no Parlamento Europeu. 

Marisa Matias lembra que “as políticas seguidas são contrárias às metas anunciadas” e, referindo-se ao objectivo de prescindir de combustíveis fósseis até ao final do século, lembra que a crise levou a Europa a dar “passos atrás”, tornando-a “mais dependente” dessa fonte energética. 

Já o líder da delegação do PSD no PE admitiu estar “um pouco céptico”, embora creia que o plano “não parece inatingível”. Rangel sustenta as reservas no facto de “não ter dados concretos sobre a grande mudança tecnológica que vai ocorrer nos próximos 10 ou 15 anos”. O eurodeputado lembra que a exploração do gás de xisto “revolucionou os preços do petróleo”, ajudando a dar mais tempo à investigação e, mais tarde, a uma “alteração do paradigma energético”, nomeadamente devido aos avanços alcançados na área da “fusão a frio” no campo da energia nuclear

nuno.e.lima@sol.pt