Segundo o diário, a justiça brasileira está a investigar o acordo de patrocínio de dez anos de validade alcançado em 1996 entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Nike pelo valor de 160 milhões de dólares.
Após a assinatura do acordo, a Nike pagou outros 40 milhões de dólares em "despesas de marketing" que não estavam contemplados no acordo inicial e que foram depositados numa conta bancária na Suíça em nome de uma empresa brasileira de patrocínio desportivo.
Embora o documento a que o Wall Street Journal teve acesso em nenhum momento identifique a empresa, referindo "uma multinacional desportiva norte-americana", o diário cita fontes próximas da investigação que confirmaram tratar-se da Nike.
A 27 de maio, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de associação criminosa e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros).
A acusação surgiu depois de o Ministério da Justiça e a polícia da Suíça terem detido sete membros da FIFA, num hotel de Zurique.
Dois dias depois, Joseph Blatter foi reeleito para um quinto mandato à frente do organismo, mas acabou por se demitir, na sequência do escândalo.
Lusa/SOL