No domingo, um tribunal de Pretória tinha proibido o chefe de Estado de sair do país, onde se encontrava para uma cimeira da União Africana, enquanto a justiça sul-africana decidia se iria deter e extraditar Bashir. O líder está acusado de genocídio e crimes de guerra e contra a humanidade.
Hoje, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou ser dever de todos os países signatários do tratado que estabelece o TPI cumprir o mandado de captura emitido por aquele tribunal.
No entanto, e apesar desta ordem judicial, Bashir abandonou a África do Sul esta segunda-feira, antecipando-se a uma decisão potencialmente desfavorável do tribunal de Pretória. A imprensa local afirma que o Presidente do Sudão partiu a bordo de um jacto que descolou de uma base militar nos arredores da capital.
As acusações contra Bashir relacionam-se com o conflito no Darfur, uma região predominantemente negra do Sudão, um país maioritariamente árabe e muçulmano. A população local queixa-se de discriminação por parte do regime de Cartum. Pelo menos 300.000 pessoas terão morrido no conflito, segundo a ONU. O governo central e as forças armadas são suspeitos do assassínio e deslocação em massa dos darfuris negros.